O quarto. O dia.
Começa tudo, o mundo ordena, insiste e lá se vai.
Pra onde? Não se sabe.
Passos bêbados.
O banheiro. Remela, pia, água, hortelã, ãgua, chuveiro.
Ralo.
Que dá pra trás do palco, pro escuro, umidade.
Putrefação.
E é o mundo. E somos nós.
A mesa.
Café, pão, silêncio...
Quebra o silêncio a guria,
vizinha que ouviu do lado de cá uma flauta;
gostou, constatou que também podia.
A mãe comprou.
E agora e desde a mais de mês e provavelmente por muito tempo
quatro notas - Asa Branca, que é pra pegar o jeito:
A primeira sempre quase não sai.
A última, atirada como punhal agudo no ouvido que fecha o olho até do defunto.
Mas é boa menina, ela. Contrasta.
A rua.
Anônimos, jeans, brega rosa descartável.
Oiti, Ficus, guimba de todo tipo de cigarro; todo tipo de cigarro,
aquele barato na rua que esconde o vazio.
A debilidade.
A rotina que tira o tesão e o sentido.
A noite.
Tudo de obscuro é agora.
Saturado de tudo; arrastado até aqui não se sabe pelo que
mas que é bem robusto e engenhoso
e que já vem desde tanto tempo impelindo que se pensa ser amigável.
Um malandro levando na conversa o otário
pra trás do palco, pro escuro, umidade.
Putrefação.
E é o mundo. E somos nós.
sábado, 3 de novembro de 2007
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3 comentários:
Tira o tesão... (rotina).
Suas palavras de assim me assimila (tesão)...
How do you know cat, and if you even know....
rs
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