tampas de entorpecentes bebidas,
embrulhos de sonhos antigos
empurrando (camaradas?) guimbas.
Esvai-se, misturado à urina,
embalagens de doces sedativos,
o canudo da coca que cola e anima,
o suco podre da feira de domingo.
Segue o mesmo rumo o sangue anônimo
de quem talvez não era hora ainda,
mas que não causou nenhum suspiro.
Tudo escorre - assim como a vida -
pro esgoto, nas águas do destino
que a mão sem poesia contamina.
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